sexta-feira, 25 de setembro de 2009

REAPRENDENDO A SORRIR



















Vejo pelos caminhos da vida
Desfile de rostos amargos, sem sol
Mergulhados no crisol
Macerados no vinagre da batalha
Vincados pelo bisturi dos desencantos
Esquecidos em um canto, sem acalanto
Parecem esculpidos a navalha


Já disse alguém:"Que falta de riso, que falta de siso!"
O mundo não quer mais avisos, só...sorrisos!


Riso largo, escoltado por beiços fagueiros
Riso de criança, liberto sem fiança
Riso que balança a pança
Riso de gente boa, de amigos verdadeiros


O mundo precisa sorrir
Rir sem saber do que, rir sem querer
Rir até chorar, resfolegar
Rir outra vez, pela milésima vez
Rir com a mesma graça, de soslaio
Quando alguém diz:"Sabe aquela do papagaio?"


As caras precisam ser emolduradas de risos
Risos afinados, retumbantes, tamanhos
Daqueles que espantam o "dinhanho"
Que põe ele pra correr até perder o boné
Rir do dedão magoado, arroxeado
Dentro de um sapato furado
Mas rir com gosto, rir com fé


Sorrisos... é disso que eu preciso
Eu, tu, eles, nós
Vamos limpar a voz, a estrada
Dar uma boa gargalhada
Vamos lá: HA! HA!HA!


(Vera Rapcinski)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário!